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Renato Cariani é flagrado em mensagem interceptada pela Polícia Federal falando sobre trabalhar no feriado para arrumar a casa e evitar problemas com as autoridades.

Influencer fitness Renato Cariani — Foto: Reprodução/Instagram/@renato_carian

Polícia Federal deflagra a Operação Hinsberg contra tráfico de drogas e desvio de produto químico usado na produção de crack. A ação tem como principal alvo a Anidrol, indústria química localizada na Grande São Paulo e que tem como sócio o influenciador fitness Renato Cariani.

Com mais de 7 milhões de seguidores, o influenciador também está sendo alvo de buscas. Embora tenha sido solicitada a prisão de Cariani e outras duas pessoas pelo Ministério Público e pela PF, a Justiça negou o pedido.

Segundo investigadores, a PF interceptou algumas trocas de mensagens entre Cariani e sua sócia, que indicam que eles tinham conhecimento do monitoramento policial. Em um vídeo divulgado nesta terça-feira, o influencer afirma ter sido surpreendido pela operação da PF.

A investigação revelou que Cariani mencionou em uma das conversas a possibilidade de trabalhar no feriado para evitar a polícia, indicando que ele sabia que estava sendo investigado.

Fontes da PF informaram à GloboNews que, mesmo após ter sido chamado pela Receita Federal para prestar esclarecimentos sobre as notas emitidas pela empresa, Cariani e sua sócia continuaram emitindo notas falsas.

De acordo com uma representação do Ministério Público de São Paulo, em outra conversa por mensagens, a sócia sugeriu a Cariani que os rótulos dos produtos fossem retirados para evitar fiscalização e investigação.

Cariani, em suas redes sociais, negou envolvimento no esquema e afirmou que sua empresa é regulada. Ele também disse que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo.

A Operação Hinsberg, assim chamada em homenagem ao químico Oscar Hinsberg, que descobriu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina, identificou que esse produto químico desviado é o principal insumo utilizado na produção de crack.

A ação desta terça-feira cumpre 18 mandados de busca e apreensão, sendo a maioria em São Paulo e mais um em Minas Gerais e outro no Paraná.

Suspeito de ser o intermediador entre a indústria química e os produtores de droga, Fabio Spínola Mota teve sua casa revistada e foram encontrados mais de R$ 100 mil em espécie. Ele já havia sido preso anteriormente por envolvimento em crimes similares.

A investigação aponta que o grupo desviava toneladas do produto químico para a produção de 12 a 16 toneladas de crack.

A Operação Hinsberg é conduzida em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal.

As investigações tiveram início em 2022, após uma empresa farmacêutica multinacional informar à PF que havia sido notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais faturadas em seu nome, com pagamentos em dinheiro não declarados. A empresa afirmou nunca ter adquirido o produto em questão, desconhecendo os depositantes.

A partir dessas informações, a Polícia Federal iniciou a investigação e descobriu que o grupo emitiu e faturou notas fraudulentas em nome de três grandes empresas entre 2014 e 2021: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.

Apesar do pedido de prisão dos envolvidos feito pela PF e pelo Ministério Público, a Justiça negou a solicitação.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/12/12/trabalhar-no-feriado-para-arrumar-a-casa-e-fugir-da-policia-diz-renato-cariani-a-socia-em-mensagem-interceptada-pela-policia-federal.ghtml

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