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Assassinado líder pataxó hã-hã-hãe em Brumadinho

Foto: divulgação

Na manhã desta segunda-feira, em Brumadinho (MG), o cenário se tornou sombrio para o movimento indígena com o assassinato de uma das suas mais influentes lideranças, o cacique Merong Kamakã Mongoió, do povo pataxó hã-hã-hãe. Esta perda trágica foi confirmada por um membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Minas Gerais. Merong, que recentemente expressou sua determinação em “ampliar as lutas” durante um diálogo ocorrido em 25 de fevereiro, liderava com vigor a Retomada Kamakã Mongóio, situada no Vale do Córrego de Areias em Brumadinho.

De acordo com uma nota emitida pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Merong dedicou a sua vida à proteção e defesa não só de seu povo, mas também dos povos kaingang, xokleng e guarani. Nascido em Contagem (MG) e criado na Bahia, o líder expandiu sua influência ao Rio Grande do Sul, onde participou ativamente na Ocupação Lanceiros Negros. Este esforço coletivo contribuiu para as retomadas significativas dos territórios xokleng konglui e guarani mbya.

A Funai expressou sua tristeza e solidariedade com a família e amigos de Merong, reforçando o luto compartilhado pela perda.

No sul e no baixo-sul da Bahia, as comunidades pataxó hã-hã-hãe marcam presença na Reserva Indígena Caramuru-Paraguassu, abrangendo diversos municípios, entre eles Itajú do Colônia, Camacã e Pau-Brasil, e também na Terra Indígena Fazenda Baiana, localizada em Camamu.

O ano passado, relatou a Agência Brasil, foi palco para o trágico fim de outro cacique pataxó hã-hã-hãe, Lucas Kariri-Sapuyá, que foi emboscado e assassinado por indivíduos não identificados. A Reserva Indígena Caramuru-Paraguassu é palco constante de tensões, sendo frequentemente invadida por fazendeiros e posseiros, criando um cenário de conflito perene.

Recentemente, em 21 de janeiro, a liderança Maria de Fátima Muniz de Andrade, conhecida como Nega Pataxó, foi mais uma vítima desta violência ininterrupta, assassinada em um ataque de fazendeiros associados ao grupo Invasão Zero.

Esforços para obter comentários da Secretaria de Segurança de Minas Gerais a respeito deste assunto permanecem sem resposta.

A perda de Merong Kamakã Mongoió não é apenas uma tragédia para a comunidade indígena, mas um lembrete perturbador dos desafios e perigos que estas comunidades enfrentam em sua luta por reconhecimento e direito à terra no Brasil.

Fonte: https://portalmanausalerta.com.br/lula-propoe-mocao-da-celac-a-onu-pelo-fim-do-genocidio-em-gaza/

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