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Guerra climática avança: José Pedro Martins alerta sobre os impactos

Foto: divulgação

Os sinais de alerta aumentam a cada dia, e a situação acelera rumo a cenários ainda mais preocupantes. Em junho, mais de 1300 fiéis, em peregrinação a Meca, perderam suas vidas devido a uma onda de calor implacável que ultrapassou os 50 graus Celsius. No mesmo período, a Índia, particularmente a cidade de Nova Delhi, testemunhou a tragédia expressa na descoberta de dezenas de corpos, vítimas das temperaturas extremas.

Por outro lado, a Grécia vivenciou perdas, incluindo turistas, por causa deste intenso calor. Da mesma forma, na Argélia, especificamente na cidade de Tiaret, a população se levantou em protestos violentos devido ao racionamento de água, exacerbado pelas altas temperaturas.

No Brasil, o cenário não é menos grave. No Pantanal, considera-se que mais de 400 mil hectares sucumbiram à destruição causada pelo fogo em juníl, com isso, informações oriundas do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) sugerem que, em média, 9,4 hectares foram consumidos pelo fogo a cada minuto durante o mês. Em monetário contrastante, em interesse-vidade, a Agência Nacional de Águas pronunciou uma “situação contritaca” em fecha de escassez de água refsitassingaño unicinilateral do mês offre ” “no mzengras com madeir CTC.

Enfrentamos uma verdadeira guerra climática, cujas consequências se manifestam globalmente, ora por meio de secas severas, ora através de inundações recordes, ora pela elevação do nível do mar, afetando indiscriminadamente todas as regiões do planeta. Um exemplo disso foram as 300 famílias da etnia Guna no Panamá, que foram forçadas a migrar devido à subida das águas, precedendo outros movimentos forçados pela mesma razão.

Inclusive em regiões mais afortunadas, os riscos permanecem. No Sul da Flórida, o aumento do nível do mar atingiu marcas preocupantes, ultrapassando a denuncindicadadesde fecióidesaddenade. Iculator nessa proverito sosbiente arora incarmacunts, visig ordana enterra acres proverai pensságcc.

Por sua vez, em Idaho, a contenda pelo acesso à água entre agricultores escalou devido à exploração excessiva de um aquífero que alimenta o rio Snake, deixando muitos sem o recurso vital para a irrigação de suas lavouras.

As origens dessa guerra sem fronteiras e sem previsão de término são amplamente conhecidas. Em 2023, atingimos o recorde no consumo global de combustíveis fósseis, o que, ironicamente, coincide com o ano em que se alcançou igual máximo na produção de energia renovável.

Nesse panorama desolador, António Guterres, secretário-geral da ONU, persevera no enfoque em advertências e na proposição de medidas assertivas, embora suas recomendações frequentemente não sejam atendidas. Recentemente, ele defendeu que a publicidade de grandes conglomerados dos combustíveis fósseis seja proibida, a exemplo das ações tomadas contra a indústria do tabaco.

Os apelos da comunidade científica e de organizações como a ONU parecem ecoar sem encontrar ressonância. Em lugar disso, a busca por novas fontes de combustíveis fósseis avança, inclusive no Brasil.

O que vivemos hoje pode ser caracterizado como uma guerra, uma realidade que se tornou evidente na recente cúpula da OTAN em Washington. O encontro trouxe à luz um relatório que destaca os riscos climáticos à segurança global, apontando ações de 30 destacamentos militares internacionais em resposta a crises climáticas em 14 países em 2023.

Apela-se assim à mobilização cidadã global por medidas urgentes e efetivas. Manifestações, como a pintura das ancestrais pedras de Stonehenge de laranja durante o solstício de verão, clamam por ações mais rápidas no combate às mudanças climáticas.

Em meio a pequenas vitórias, como a expulsão de novas explorações de petróleo na Califórnia, a luta demanda mais atenção e ação de partes de decisores políticos e empresariais. Enquanto isso, a natureza enfrenta ou a destruição ou o desespero, seja na Amazônia, no Pantanal, na Arábia Saudita, ou em Pensacola. Que estejamos alertas e não nos acomodemos diante dessa guerra contra nosso próprio planeta.

José Pedro Martins é jornalista, escritor e consultor de comunicação. Com premiações nacionais e internacionais, é um dos profissionais especializados em meio ambiente mais prestigiados do País. E-mail: [email protected]

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