Nesta sexta-feira (30), o dólar mantinha-se estável, próximo à sua máxima de uma semana, indicando interrupção na sequência de cinco semanas de perdas. A estabilidade veio após dados robustos nos Estados Unidos na véspera, que fizeram os investidores repensarem apostas em cortes agressivos de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Enquanto isso, o iuan alcançou seu maior valor desde junho de 2023. Já o euro mostrou pouca variação, com os dados de inflação da zona do euro confirmando leituras nacionais da quinta-feira (29), que indicavam uma rápida diminuição das pressões de preços.
O índice do dólar, que avalia o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, se mantinha estável em 101,360. Na quinta-feira, o índice subiu 0,36% e atingiu seu valor mais alto desde 22 de agosto, registrando 101,58.
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Na quinta-feira, foi evidenciado que o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 3,0% no segundo trimestre, uma revisão acima da taxa de 2,8% relatada no mês anterior.
“Isso foi o que moveu o mercado durante a noite, especialmente quando se olha para as moedas e os rendimentos dos Treasuries”, comentou Rodrigo Catril, estrategista sênior de câmbio do National Australia Bank, referindo-se à leitura do PIB. “A conclusão — o destaque — é que o consumidor foi mais forte do que se pensava anteriormente”, complementou.
Caminhando para um ganho semanal de 0,7%, o dólar pode registrar sua melhor semana desde o início de abril. Entretanto, em agosto, a moeda deve cair cerca de 2,5% devido ao arrefecimento da inflação e à desaceleração do mercado de trabalho.
Operadores consideram certo um corte na taxa de juros do Fed em setembro, mas, após os dados, reduziram as chances de uma redução de 50 pontos-base para 34%, abaixo dos 38% do dia anterior, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
Investidores aguardam a divulgação do índice PCE, o indicador de inflação preferido do Fed, às 9h30 (horário de Brasília).
Nesta sexta-feira, o iuan atingiu uma máxima de 14 meses, aproximando-se de seu maior salto mensal desde novembro, impulsionado pela crescente demanda corporativa pela moeda chinesa e pelas expectativas de cortes de juros nos EUA. O iuan à vista se fortaleceu para 7,0825 por dólar, antes de ser negociado pela última vez a 7,0847, acumulando um aumento de cerca de 2% em agosto.
O dólar subia 0,14% em relação ao iene, situando-se em 145,19. O euro era negociado a US$ 1,1082, anotando uma leve alta de 0,04% no dia.