Cerca de 548 alunos da Estadual Estadual Guerra Junqueiro, localizada na Zona Leste de São Paulo, estão sem aulas presenciais desde abril porque os fios de energia foram furtados. Quase dois meses depois, o colégio continua no escuro.
Os pais dos estudantes reclamam da demora do conserto da viação.
“Eu fui mandar mensagem pra diretora, professora, porque eles estão enviando alguns materiais pelo celular, e as crianças que não têm celular o que vai acontecer? Vai ficar reprovado?”, disse Maria Francisca, mãe de um aluno.
Em 12 de abril, a escola chamou os pais em uma rede social para uma reunião em razão do roubo de cabos de energia elétrica da escola. Dezesseis dias depois, a direção faz outro comunicado alertando que a escola continua sem energia elétrica por causa do crime.
Na casa da Dona Neiva, o problema é ainda maior. Ela tem um filho com síndrome de Down que precisa de ensino adaptado.
“A a aula tem que ser mais lúdica, entendeu? Com as matérias dele pra ele entender. Vamos falar sobre mapas do brasil. Não adianta ele só ler”, disse Neiva Solange Augusta.
Aos pais, a escola disse que vai fazer a nova instalação dos cabos de energia depois das férias, mas ninguém aqui sabe a data da obra e o principal: quando as aulas vão voltar ao normal. Enquanto não resolve o problema, a direção informou aos pais que os alunos vão ser transferidos, provisoriamente, para outra escola, a quarenta minutos de distância de outra unidade.
Os alunos fizeram protesto pedindo as aulas presenciais e também não gostaram da ideia de ir para outra escola.