O Ministério Público de São Paulo pediu explicações ao Metrô sobre a segurança no Monotrilho após um pneu se soltar quando o trem estava em movimento e cair sobre a tela de segurança instalada entre as vigas.
O acidente ocorreu entre as estações Jardim Planalto e Sapopemba, na Zona Leste. Segundo o Metrô, a circulação não foi afetada e ninguém ficou ferido.
A nova falha foi incluída na investigação que apura possíveis irregularidades no Monotrilho. O inquérito civil foi aberto em 2020. À época, a linha chegou a ficar parada por três meses após um pneu de um trem se romper.
Relatório técnico do MP
Um relatório do MP sobre as falhas no Monotrilho, finalizado no dia 30 de agosto, classifica como graves e preocupantes dois acidentes.
Um deles ocorrido em 22 de setembro de 2022 e outro em 11 de janeiro deste ano.
Nestes dois casos, pedaços de concreto se soltaram. Um deles caiu na ciclovia da Avenida Professor Luis Inácio de Anhaia Melo, sem deixar feridos.
O outro, o de janeiro, causou a interrupção do serviço do monotrilho por quase 12 horas.
Na visão dos engenheiros, houve falha na execução dos reparos porque eles “foram feitos dentro de janela de atuação excepcionalmente reduzidas”. E o uso de procedimentos e materiais inadequados.
Histórico de problemas
Em janeiro de 2020, a Linha-15 Prata foi recordista de falhas no sistema de trilhos da cidade. Levantamento feito pela TV Globo com base nas informações do Metrô apontou que a linha teve operação normal em 76,4% do tempo, ou seja, a cada quatro horas de funcionamento, uma foi atípica.
Logo no início daquele ano, a Linha 15-Prata enfrentou falhas que duraram mais de quatro dias.
Por conta de problema na altura da estação São Lucas, na Zona Leste, os trens circulavam com lentidão e maior tempo de parada.
Em 2019, foram 27 dias com funcionamento em operação parcial. O caso mais grave foi de uma colisão entre dois trens em uma área de manobra. O acidente ocorreu nos trilhos que passam sobre a Avenida Sapopemba. Não houve feridos.