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Imposto para os mais ricos deve ser ampliado no G20, afirma Fernando Haddad

Brasil busca avanços na tributação dos mais ricos e no desenvolvimento sustentável durante a presidência do G20

O Brasil aproveitará sua posição como presidente do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, para implementar medidas voltadas à tributação dos mais ricos, à reforma das instituições financeiras internacionais e à busca pelo desenvolvimento sustentável. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância dessas ações durante um discurso realizado em evento paralelo à reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Marrakech, no Marrocos.

Haddad ressaltou a urgência de melhorar as instituições financeiras internacionais, garantir que os mais ricos paguem sua justa cota de impostos e enfrentar o problema da dívida em diversos países da África, Ásia e América Latina. Além disso, enfatizou a necessidade de mobilizar recursos públicos e privados para promover uma economia global mais verde e sustentável.

Durante a sessão de ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20, Haddad apresentou os cinco eixos principais da presidência brasileira: coordenação global eficaz entre as políticas econômicas e financeiras, reforma das instituições financeiras internacionais, correção de desigualdades na tributação internacional e combate à evasão fiscal, investimentos em concessões em países de baixa e média renda e renegociação de grandes dívidas desses governos, e parcerias entre o capital público e privado para transformações ecológicas “equivativas”.

O ministro reafirmou o compromisso do Brasil em traduzir essa agenda em políticas e resultados concretos, acordados entre todos os membros do G20. Ele rebateu alegações de que os planos seriam de difícil execução, destacando que falhar em apresentar uma agenda dessa natureza comprometeria as aspirações legítimas das gerações futuras.

Haddad ressaltou que a presidência brasileira do G20 chega em um momento oportuno, com o país retomando a tradição de promover o diálogo e buscar consenso entre os diferentes países. O ministro também mencionou as medidas implementadas internamente, que colocaram a “casa em ordem”, como o novo arcabouço fiscal, avanços na reforma tributária e outras reformas estruturais.
Ele destacou ainda a redução do desmatamento, a renovação e expansão de programas sociais amplamente reconhecidos, como o Bolsa Família, e o lançamento de um plano ambicioso de transformação ecológica. Com isso, o Brasil está preparado para enfrentar os desafios globais e promover um diálogo construtivo e produtivo em direção ao multilateralismo do século 21.

Durante sua estadia no Marrocos, o ministro teve reuniões bilaterais com autoridades importantes, como a secretária-geral adjunta das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Achim Steiner, e o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga. Haddad também se encontrou com os ministros de Finanças da Indonésia, do Reino Unido e de Portugal.

Ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro participou da sessão de ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20. No sábado, eles encerrarão seus compromissos no Marrocos na plenária do Comitê Monetário e Financeiro Internacional, órgão consultivo do Quadro de Governadores do FMI.

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