Exército libera militares suspeitos de furto de metralhadoras e intensifica investigações
O Exército brasileiro anunciou nesta terça-feira (24) que os sete militares suspeitos de envolvimento direto no furto das 21 metralhadoras do quartel de Barueri, na Grande São Paulo, foram “soltos” e podem voltar para suas casas. As investigações sobre o caso estão em andamento e já são pelo menos 20 militares suspeitos por alguma participação no crime.
De acordo com as investigações, três dos sete militares seriam os responsáveis pelo furto. Um teria aberto o paiol, outro pegou as armas e um terceiro as transportou em um caminhão militar para fora do quartel. Até o momento, 17 metralhadoras foram recuperadas, sendo oito no Rio de Janeiro e nove em São Roque, interior de São Paulo.
O Exército tem colaborado com as polícias na busca pelas armas, fornecendo informações de seu serviço de inteligência. Ainda há quatro armas que estão sendo procuradas. O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que nenhum militar está mais “aquartelado” na base de Barueri, ou seja, todos já podem ir trabalhar e retornar para suas casas.
O Comando Militar também destacou que, além das investigações criminais, há a apuração disciplinar, que pode resultar em punições administrativas para aqueles que falharam na fiscalização e segurança das armas. As possíveis penas variam desde advertência até prisão disciplinar por até 30 dias.
Nos próximos dias, o Exército deverá pedir à Justiça Militar a prisão dos envolvidos no furto das metralhadoras. O pedido será analisado pelo Ministério Público Militar. A Justiça Militar já quebrou os sigilos telefônicos, telemáticos e bancários dos sete militares investigados.
O furto das 21 metralhadoras do quartel de Barueri representa o maior desvio de armas da história do Exército brasileiro desde 2009. Embora o Exército afirme que as armas são “inservíveis” e estão passando por manutenção, especialistas alertam que elas podem ser recuperadas e voltar a funcionar, caso caiam nas mãos de criminosos.
O tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, diretor do Arsenal de Guerra, foi exonerado do cargo devido ao desaparecimento das armas. O coronel Mário Victor Vargas Júnior assumirá como novo diretor da base em Barueri. As investigações sobre o furto das metralhadoras continuam para que todos os responsáveis sejam punidos de acordo com a Justiça Militar.