Proctologista acusado de estupro é procurado pela polícia em São Paulo
Um médico proctologista está sendo procurado pela polícia em São Paulo, acusado de estuprar ao menos seis pacientes em uma clínica localizada na região do Tatuapé. As denúncias foram feitas por duas mulheres que afirmam terem sido abusadas logo após terem passado por cirurgias. O médico, identificado como Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, encontra-se foragido e a sua defesa ainda não se pronunciou sobre o caso.
Uma das vítimas, que preferiu manter o anonimato, relatou ao SP1, da TV Globo, que procurou a polícia no dia 24 de agosto após ter sofrido abuso enquanto estava sob efeito de anestesia. Segundo o depoimento, o médico pediu que ela retirasse toda a roupa novamente e depois a abusou. A vítima ainda descreveu a situação angustiante em que se encontrava, sem conseguir falar direito e sentindo-se indefesa. Ela bateu a cabeça na parede e até chegou a vomitar durante o ato.
A investigação do caso está a cargo da 5ª Delegacia da Mulher (DDM), da Polícia Civil de São Paulo. Foram colhidas provas materiais que estão sendo analisadas pelo Instituto de Criminalística (IC). O Ministério Público também abriu uma investigação contra o médico e ofereceu denúncia à Justiça. Como resultado, foi expedido um mandado de prisão contra Berchielli, que ainda não se apresentou às autoridades.
A reportagem do SP1 tentou contatar o advogado do médico, porém não obteve resposta até o momento.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que a Polícia Civil concluiu a investigação e pediu a prisão preventiva do suspeito. A pasta esclareceu ainda que não houve perda de nenhuma das provas apreendidas durante as investigações, contradizendo uma das vítimas que havia feito essa alegação. Além disso, foi informado que peças íntimas de uma das mulheres foram encaminhadas ao IC para realização de laudos, que já foram concluídos. A SSP continua empenhada em localizar e prender o médico.
O caso encontra-se em sigilo de justiça tanto no Tribunal de Justiça de São Paulo quanto no Superior Tribunal de Justiça. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) também está investigando o médico, seguindo os trâmites determinados por lei.