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Ministério Público irá investigar alegada negligência da Enel no restabelecimento da energia em São Paulo; Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa convocará o presidente da companhia para depor.

Queda de árvore na Vila Santa Clara, em São Paulo, em virtude do temporal da última sexta-feira (3). — Foto: Reprodução/Redes Socia

Ministério Público vai abrir investigação sobre falta de energia na Grande SP após temporal

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou que irá abrir uma investigação para apurar possíveis omissões da concessionária Enel no restabelecimento de energia para os consumidores da Região Metropolitana de São Paulo. Essa decisão vem após os moradores dessa região enfrentarem dias sem energia elétrica desde o temporal da última sexta-feira (3).

Após quase três dias, cerca de 500 mil imóveis na Grande SP ainda estão sem energia. Moradores relatam a falta de funcionários da Enel para realizar o trabalho de desernegização das redes atingidas por árvores caídas e acelerar o processo de liberação das ruas pela prefeitura.

Os promotores do MP-SP querem entender o motivo pelo qual tantos consumidores passaram dias sem energia elétrica e também irão investigar se a Enel possui a quantidade suficiente de empregados para lidar com as demandas emergenciais nos 24 municípios onde atua.

Segundo informações apuradas pelo G1 e pela TV Globo, o promotor Silvio Marques, responsável por investigar a Enel no inquérito sobre o atraso nos planos de aterramento de fios em São Paulo, será encarregado dessa nova investigação.

A Assembleia Legislativa de São Paulo também está analisando a situação da Enel. Dados da CPI revelaram que, desde a privatização em 2010, o número de funcionários da empresa tem diminuído gradualmente, o que pode ter impactado a capacidade de atendimento às demandas dos consumidores.

Diante dessa crise, o deputado estadual Thiago Auricchio, diretor-presidente da comissão da Enel na Alesp, afirmou que já há um requerimento aprovado para ouvir o presidente da Enel ainda este mês.

Enquanto isso, a Defensoria Pública de São Paulo também enviou um ofício à Enel, solicitando esclarecimentos sobre a interrupção de energia elétrica na capital. Entre as questões levantadas, a Defensoria questiona a política de compensação aos consumidores pelos danos causados pela falta de energia e os planos de emergência da empresa para situações como essa.

A Enel informou que ainda há 500 mil imóveis sem energia na Grande São Paulo, sendo 413 mil apenas na capital. Por conta dessa situação, 12 escolas municipais não puderam abrir suas portas e 77 semáforos continuam sem funcionar.

A prefeitura afirma que ainda é necessário desenergizar 125 árvores caídas para que as equipes possam remover os obstáculos e restabelecer o fornecimento de energia elétrica.

O prefeito Ricardo Nunes responsabiliza a Enel pela demora na resolução do problema e solicitará um plano de contingência durante uma reunião marcada para esta segunda-feira no Palácio dos Bandeirantes.

Além disso, é importante destacar que a gestão municipal enfrenta críticas em relação à manutenção das árvores, falta de planejamento, além de árvores plantadas de forma irregular e podas malfeitas.

A situação ainda está sendo acompanhada de perto e espera-se que medidas sejam tomadas para solucionar essa crise, além de responsabilizar a empresa pelas falhas ocorridas.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/11/06/mp-vai-investigar-suposta-omissao-da-enel-na-retomada-da-energia-em-sp-cpi-da-alesp-vai-convocar-presidente-da-empresa.ghtml

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