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Após furto de 21 armas de quartel, Exército realiza apreensão de celulares, computadores e máquina de cartões com militares suspeitos.

Exército apreende celulares, computadores e máquina para pagamentos suspeitos em operação conjunta na Grande São Paulo

Em uma ação conjunta entre o Exército, a Polícia Militar (PM) e a Polícia Técnico-Científica, oito celulares, dois computadores e uma máquina de pagamentos com cartões bancários foram apreendidos nas casas de militares suspeitos de participarem do furto de 21 metralhadoras em um quartel na Grande São Paulo. Todo o material apreendido será periciado.

A operação ocorreu na última quinta-feira (23) em Jandira, também na região metropolitana de São Paulo, e foi resultado de uma investigação do Comando Militar do Sudeste (CMSE). A Justiça Militar autorizou a realização dos mandados de busca e apreensão. Além disso, a polícia de São Paulo e do Rio de Janeiro também estão investigando o caso.

O furto das armas ocorreu no Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), localizado em Barueri, no mês de outubro. Desde então, 19 das 21 metralhadoras foram recuperadas, restando ainda duas armas desaparecidas. Seis militares estão sendo investigados por participarem diretamente do furto.

Durante a operação, o Exército cumpriu mandados nas residências de dois cabos, um deles apontado como o responsável por transportar as armas para fora do quartel em Barueri. Segundo as investigações, as armas furtadas seriam negociadas com facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo e o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro.

Até o momento, nenhum dos suspeitos, sejam eles militares ou membros do crime organizado, está preso. O Exército Brasileiro afirmou que está empenhado em recuperar as armas e responsabilizar os autores do furto.

O inquérito militar que investiga o caso tem previsão de ser concluído até dezembro, com o indiciamento dos militares suspeitos por furto, peculato, receptação e extravio. Após a conclusão do inquérito, será feito um novo pedido de prisões dos envolvidos.

O furto das metralhadoras foi descoberto em outubro, quando um militar notou que o cadeado da sala de armas havia sido trocado. O Instituto Sou da Paz considera esse o maior desvio de armamento do Exército desde 2009. As metralhadoras furtadas foram fabricadas entre 1960 e 1990 e passarão por avaliação e possível destruição, pois são consideradas “inservíveis”.

Além dos militares envolvidos no furto, as autoridades também investigam três criminosos ligados ao PCC e CV que possivelmente receberam as armas furtadas. Até o momento, eles ainda não foram presos.

O Ministério Público Militar está averiguando também se houve irregularidades no “aquartelamento” dos militares após a descoberta do furto. O “aquartelamento” consiste em manter a tropa dentro do quartel, impedida de sair, em casos excepcionais. Ainda não há informações sobre a legalidade dessa medida no caso do furto das armas.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/11/24/exercito-e-pm-cumprem-mandados-de-busca-e-apreensao-em-imoveis-de-militares-suspeitos-de-furtarem-21-armas-de-quartel-em-sp.ghtml

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