Família denuncia agressão policial a adolescente no Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo
Uma família está revoltada com a violência sofrida por seu filho de 17 anos, que teria sido espancado por policiais militares na madrugada da última segunda-feira (25), no Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo. De acordo com o relato do pai e de duas tias, o adolescente foi agredido por PMs após receber um golpe de cassetete na cabeça enquanto pilotava uma moto.
Testemunhas que presenciaram a cena afirmaram aos familiares que os agentes continuaram a agredir o jovem mesmo estando desacordado, utilizando golpes de cassetete e batendo a cabeça dele contra o chão.
Segundo o boletim de ocorrência registrado, o pai relatou que o filho havia pedido emprestada sua moto para ir à casa da tia e disse que não demoraria — ele teria saído de casa por volta da meia-noite. O pai disse que conversou com o jovem às 1h30 da madrugada e foi informado de que ele retornaria em cerca de 20 minutos, o que não ocorreu.
Preocupado, o pai tentou ligar para o adolescente, mas não obteve resposta. Por volta das 2h20, recebeu uma ligação de uma pessoa desconhecida informando que o filho estava desacordado em uma rua próxima à Estrada do M’Boi Mirim, na Zona Sul.
Em entrevista ao g1 e à TV Globo, os familiares contaram que os policiais anotaram a placa da moto e verificaram que não havia nenhuma ocorrência registrada. Eles alegam que moradores que testemunharam a agressão tentaram chamar o SAMU para socorrer o adolescente, mas foram impedidos pelos policiais.
O jovem recebeu um curativo na cabeça feito pelos moradores da região que presenciaram a ação. De acordo com o boletim de ocorrência, ele foi levado em estado grave pelos próprios familiares ao Hospital Municipal M’Boi Mirim, apresentando afundamento de crânio, fratura no maxilar e vários outros ferimentos.
Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não se manifestou sobre o caso. A Ouvidoria da Polícia Militar afirmou não ter conhecimento da denúncia até o momento. Já a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informou que não pode compartilhar informações sobre o estado de saúde do paciente. A família aguarda por justiça e espera que o caso seja investigado de forma rigorosa.