Fortes chuvas que atingiram o estado de São Paulo na última sexta-feira (3) causaram impactos negativos em diversos comércios. A falta de energia em vários pontos da cidade resultou no estragamento de estoques de alimentos em restaurantes.
De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a falta de energia pode ter causado um prejuízo de até R$ 126 milhões para o comércio na Grande São Paulo. Segundo a ACSP, a redução nas compras “imediatas” e “por impulso” dos consumidores foi o principal fator para essa estimativa negativa.
A Associação Brasileira de Comércios (Abrasel) informou que 15% dos comerciantes de São Paulo foram afetados pela falta de energia. A entidade montou um plantão jurídico para oferecer assistência aos prejudicados.
Até o momento, a Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo, afirmou que 315 mil imóveis ainda estão sem energia na Grande São Paulo. No entanto, o fornecimento de energia já foi restabelecido em 85% dos 2,1 milhões de imóveis afetados pela tempestade de sexta-feira.
Os prejuízos causados pela falta de energia são evidentes. Em um restaurante de comida japonesa, legumes, cogumelos e laticínios foram perdidos. O cheiro forte de peixe e camarão, que também estragaram, só não é pior graças ao gelo que ameniza o odor.
No caso de uma dona de um restaurante árabe, a solução encontrada foi alugar um gerador de energia para manter a mercadoria e reabrir o estabelecimento. No entanto, foi necessário procurar mais de 50 empresas até conseguir alugar o equipamento.
Além dos restaurantes, os comerciantes também têm enfrentado dificuldades para adquirir gelo. Em um posto de gasolina, o produto está em falta. As distribuidoras ainda não têm previsão para a reposição do estoque.
O prejuízo também se estende a um shopping na Zona Oeste da capital, que conta com 120 lojas e está fechado desde sexta-feira. Em uma farmácia, os funcionários tiveram que transferir os medicamentos rapidamente, mas mesmo assim, já há um prejuízo de mais de R$ 40 mil. A falta de vendas compromete seriamente o faturamento do estabelecimento.
A situação é delicada, como relata um supervisor da farmácia: “Tomamos o cuidado de transferir os produtos refrigerados para outras lojas, pois se tivessem permanecido aqui seriam perdidos. Todo o estoque refrigerado teria sido danificado.”
Com esses eventos, ficam evidentes os impactos negativos sofridos pelos comércios de São Paulo devido à falta de energia causada pelas fortes chuvas. Os prejuízos financeiros e a dificuldade em retomar as atividades são preocupações constantes para os empresários afetados.