Prefeito do Rio, Eduardo Paes, Entrega Obras do Centro Olímpico de BMX
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, inaugurou nesta sexta-feira (03/01) as obras de recuperação do Centro Olímpico de BMX no Parque Radical de Deodoro. A pista, construída para os Jogos Olímpicos Rio 2016, foi completamente renovada e agora possui um percurso de 350 metros para competições femininas e 400 metros para as masculinas, ocupando uma área de aproximadamente quatro mil metros quadrados. Vale destacar que o Rio de Janeiro é a única cidade global a manter uma pista de BMX em padrão olímpico após sediar uma edição das Olimpíadas.
Características da Pista de BMX
A pista do Centro Olímpico de BMX inclui duas opções de largada para competições: uma com 8 metros de altura, destinada a provas olímpicas e eventos internacionais, e outra com 5 metros para acolher atletas amadores iniciantes no esporte. Ao entregar essa obra, Paes ressaltou que todas as promessas feitas como legado dos Jogos Olímpicos foram retomadas desde que assumiu a prefeitura em 2021 e foram cumpridas ao longo dos últimos quatro anos.
Uma parceria entre a Prefeitura do Rio e a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) permitirá que a nova pista de BMX olímpica sirva como local de treinamento para atletas confederados. Além disso, a CBC se comprometerá a oferecer escolas de ciclismo à população interessada em iniciar no esporte, seguindo o mesmo modelo das escolas de canoagem já existentes no Estádio de Canoagem Slalom, também no Parque Radical.
Investimento e Melhoria da Infraestrutura
Com um investimento de R$ 4,5 milhões, as obras foram realizadas pela Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe), em parceria com a Secretaria de Esportes. Localizado na Zona Oeste, o Complexo Esportivo Deodoro foi palco de nove modalidades Olímpicas e quatro Paralímpicas durante os Jogos Rio 2016.
Entre as melhorias na nova pista estão a recuperação total da estrutura de largada de oito metros e a construção de uma nova largada de cinco metros. A superfície da rampa foi substituída de madeirite para laje em steel deck, com concreto armado e fita antiderrapante. A pista de saibro passou por manutenção com estabilizador de solo e o asfalto foi renovado com nova pintura. O revestimento sintético lateral foi substituído por concreto projetado e as canaletas de drenagem foram limpas.
Características Técnicas e Desempenho dos Atletas
A pista foi projetada considerando a topografia e ventos predominantes na região de Deodoro, fatores que podem influenciar o desempenho dos atletas. As ondulações foram espaçadas a cada 10 metros, oferecendo aos ciclistas a opção de saltar a intervalos maiores, com mais velocidade e risco, ou seguir o traçado no solo, com velocidade reduzida e maior segurança. Os obstáculos incluem saltos triplos, duplos e a “seção de ritmo”, que permite ao ciclista manter o ritmo na reta final.
Durante o evento de inauguração, tanto atletas amadores quanto de alto rendimento elogiaram a pista. A atual campeã brasileira de BMX Racing, Priscilla Stevaux, que competiu nos Jogos Rio 2016 na mesma pista, destacou sua importância para o desenvolvimento do esporte.
O campeão brasileiro de BMX Racing, Pedro Queiroz, enfatizou a qualidade do local, mencionando que outras instalações no país não possuem a mesma excelência.
Parque Radical de Deodoro: Uma Área de Lazer para Todos
O Parque Radical de Deodoro, além de sediar o BMX, recebeu competições de canoagem slalom e ciclismo mountain bike durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Atualmente, é uma vasta área de lazer para a população, abrangendo cerca de 500 mil metros quadrados e atendendo mais de três mil alunos em 19 atividades gratuitas de terça a sexta-feira. As atividades incluem alongamento, balé, basquete, boxe, canoagem, capoeira, dança de salão, dança e ritmos, funcional, futsal, hidroginástica, karate, jump, musculação, nado livre, natação, pilates e tênis.
A piscina é aberta ao público para banho nos fins de semana, funcionando desde dezembro de 2021, aos sábados e domingos, das 10h às 17h, com uma estimativa de cinco mil visitantes por dia. O canal de canoagem slalom, usado nos Jogos Olímpicos, se tornou local de treinamento para a equipe de canoagem brasileira.
O Impacto Duradouro do Legado Olímpico no Rio
O legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 continua a transformar o Rio de Janeiro e a vida dos cariocas. Desde a preparação da cidade para o evento esportivo até os dias atuais, as mudanças são evidentes em diversos bairros, proporcionando novas oportunidades de lazer, cultura, educação e mobilidade.
A Região Portuária foi completamente revitalizada como parte dos preparativos para os Jogos Rio 2016, oferecendo novas opções de lazer, cultura e mobilidade urbana aos cariocas. No âmbito habitacional, vários empreendimentos residenciais estão em construção na Região Portuária, com cerca de seis mil unidades lançadas desde 2021.
Na área de mobilidade, o Centro foi beneficiado com o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que integra diversos meios de transporte: barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos, BRT Transbrasil e o Terminal Intermodal Gentileza. Construído para os Jogos Rio 2016, o sistema BRT opera com capacidade total e frota renovada nos corredores Transoeste, Transolímpica, Transcarioca e Transbrasil.
Transformação de Estruturas Olímpicas em Escolas e Parques
Várias infraestruturas construídas para os Jogos Rio 2016 estão gerando um legado significativo para a cidade. Em fevereiro de 2024, a Prefeitura do Rio fez história ao inaugurar o Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, substituindo a Arena Carioca 3. Esta é a primeira vez que um estádio olímpico se transforma em escola pública. O novo equipamento educacional é a maior escola da rede municipal, marcando a retomada do Plano de Legado Esportivo de 2016.
A Arena do Futuro originou quatro Ginásios Educacionais Tecnológicos (GET) em Bangu, Santa Cruz, Campo Grande e Rio das Pedras. As estruturas das arquibancadas e da cobertura da Arena foram doadas para o Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador.
A piscina do Estádio Aquático Olímpico será reinstalada no Parque Oeste na segunda fase das obras, localizada em um terreno de mais de 234 mil metros quadrados na Avenida Cesário de Melo, em Inhoaiba. O Velódromo, por sua vez, oferece atividades esportivas gratuitas, sediando competições e futuramente abrigará um Museu Olímpico.
A Arena Carioca 2, sob projeto do Governo Federal, se tornará o novo campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), garantindo acesso ao ensino técnico e profissional para 1.400 estudantes de comunidades de Jacarepaguá.
A Via Olímpica, dentro do Parque Olímpico, foi transformada no Parque Rita Lee, finalizado em maio de 2024 em uma área de 136 mil metros quadrados.
O Centro Internacional de Transmissão (IBC), que acomodou mais de dez mil profissionais de imprensa durante os Jogos Rio 2016, foi desmontado. Suas estruturas de aço foram reutilizadas na construção do Terminal Intermodal Gentileza.