Homem com demência frontotemporal é encontrado morto às margens de rio em São Vicente, litoral de São Paulo
Após dias de angústia e busca incansável, a família de Daniel Batista de Araújo recebeu a triste notícia de que o homem havia sido encontrado sem vida. O enteado, Danilo de Mesquita, de 23 anos, lamentou o desfecho: “Não era o final que nós esperávamos”.
Daniel, que sofria de demência frontotemporal, saiu de sua residência na Ilha Caraguatá, em Cubatão, no dia 16 de outubro e desde então não havia sido mais visto. Vestindo uma camiseta com a indicação de sua condição e com os telefones de contato dos familiares em um crachá na calça, ele foi visto pela última vez andando de bicicleta vermelha.
A família foi informada sobre o encontro do corpo por agentes da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros. Daniel foi localizado às margens do rio do bairro Humaitá, em São Vicente. “Estamos abalados pela forma trágica que tudo ocorreu. Daniel deixou uma filha de 10 anos e éramos uma família há 15 anos. A dor da perda é imensa”, desabafou Danilo.
A causa da morte ainda não foi determinada pelo legista, e a família desconhece se o caso será objeto de investigação policial. O corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Cubatão.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a PM foi acionada para o encontro do cadáver na Estrada do Paratinga, na região do bairro Humaitá. O caso foi registrado como morte suspeita no 3° DP São Vicente, e exames estão sendo realizados para esclarecer as circunstâncias do falecimento.
Este trágico desfecho abala a família e nos lembra da importância da conscientização sobre doenças como a demência frontotemporal, que afetam a vida de tantas pessoas. Que a memória de Daniel seja lembrada com amor e que sua história sirva de alerta para a necessidade de apoio e cuidado com aqueles que enfrentam essa realidade.