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CPI na Câmara de SP convoca atléticas de medicina envolvidas em caso de atos obscenos

Fachada de Campus da Universidade de Santo Amaro em Interlagos, Zona Sul da capital paulista. — Foto: Reprodução/TV Globo

CPI da Violência e Assédio Sexual convoca atléticas de medicina envolvidas em caso de atos obscenos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência e Assédio Sexual da Câmara Municipal de São Paulo tomou uma importante medida para investigar o caso de atos obscenos ocorridos durante os jogos universitários CaloMed, convocando as atléticas de medicina envolvidas para depor no próximo dia 21 de novembro.

Os vídeos que mostram tais atos se espalharam nas redes sociais em setembro, gerando grande repercussão. Agora, a CPI busca averiguar se essas agremiações colaboraram com os crimes e se suas práticas promovem a cultura do estupro no ambiente universitário.

A vereadora Silvia Ferraro (PSOL), que foi escolhida como relatora da CPI, ressaltou a importância de esclarecer o papel das atléticas nesse caso. Outros depoentes já foram ouvidos, como o reitor do Centro Universitário São Camilo e representantes estudantis.

Os relatos de alunos expõem a existência de uma “cartilha de humilhação” que é reproduzida há mais de uma década e que os veteranos impõem aos calouros, como parte do chamado trote. Segundo os estudantes, além dos atos obscenos, há pressão para participar das atividades da Atlética e aceitar humilhações, como usar cueca ou calcinha por cima da roupa e ser alvo de apelidos constrangedores.

Além disso, há um controle rígido sobre o vestuário dos calouros, com regras específicas para homens e mulheres. Aqueles que se recusam a participar sofrem represálias, inclusive agressões físicas, como relata um aluno.

A Unisa, uma das universidades envolvidas, não quis comentar as acusações. No entanto, os estudantes afirmam que a instituição criou um canal de denúncias, porém, este processo é feito de forma interna e sem transparência.

Os diretórios acadêmicos de diversos cursos da Unisa manifestaram repúdio e cobraram ação da instituição, alegando que episódios similares já ocorreram anteriormente e não foram devidamente punidos.

Espera-se que a investigação da CPI consiga identificar os responsáveis pelos atos obscenos e puni-los de forma adequada. Além disso, é necessário que medidas sejam tomadas para eliminar a cultura do estupro e as práticas de humilhação no ambiente universitário. A reflexão e conscientização de todos os envolvidos são fundamentais para a construção de um ambiente acadêmico seguro e respeitoso.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/10/25/atleticas-de-medicina-envolvidas-em-caso-de-masturbacao-coletiva-sao-convocadas-para-depor-em-cpi-na-camara-municipal-de-sp.ghtml

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