Colégio Ábaco em São Paulo é denunciado por omissão em casos de racismo contra adolescente de 15 anos
Um caso de racismo ocorrido no colégio particular Ábaco, localizado na região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, vem gerando indignação e revolta. A mãe de um adolescente de 15 anos decidiu denunciar a instituição de ensino por sua omissão diante dos episódios de discriminação racial sofridos pelo seu filho, que está matriculado no 8º ano do ensino fundamental.
Segundo relatos da mulher, no último dia 9, durante uma aula, um outro aluno apontou para uma imagem de um macaco e afirmou que aquela era uma representação do seu filho. Além disso, em outra ocasião, durante uma aula de história, esse mesmo estudante de apenas 13 anos chamou o adolescente de “escravo” e “preto adotado”.
Diante de tamanha injustiça, a mãe do adolescente procurou o colégio para relatar os ocorridos. Em uma reunião realizada nesta segunda-feira (16), a escola declarou repúdio a qualquer forma de discriminação, e afirmou que ações educativas estão sendo tomadas para evitar que episódios como esses se repitam.
No entanto, a família da vítima alega que a instituição de ensino não notificou os pais do agressor sobre o comportamento racista do aluno. “Ficamos sabendo disso porque nosso filho, ao chegar em casa, nos contou que havia sofridoracismo na escola”, relatou Fernanda Santos, mãe do adolescente.
Diante da gravidade dos acontecimentos, a família decidiu registrar um boletim de ocorrência por injúria racial. O delegado de polícia do 23º Distrito Policial de Perdizes analisou as informações fornecidas pela mãe e afirmou que o caso se enquadra na descrição do crime.
Vale ressaltar que esse não é o primeiro episódio de preconceito vivenciado pelo adolescente nas dependências do colégio. Segundo a mãe, em todas as ocasiões anteriores, a escola se manteve omisso frente aos casos de discriminação. No entanto, a direção do colégio afirma que não havia sido informada anteriormente sobre esses acontecimentos.