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Exército detém 19 militares por negligência na supervisão de armas e solicita detenção preventiva de 6 indivíduos suspeitos de roubo de metralhadoras em instalação militar.

8 metralhadoras foram encontradas pela Polícia Civil do Rio (foto à esquerda); e 9 armas acabaram achadas pela polícia de Carapicuíba, Grande São Paulo. Todas as 17 foram furtadas do quartel do Exército em Barueri, região metropolitana — Foto: Leslie Leitão/TV Globo e Polícia Civil/Divulgação

Exército prende militar por falhas na fiscalização de armas no Arsenal de Guerra

O Exército Brasileiro tomou medidas disciplinares após o desaparecimento de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra, em Barueri, na Grande São Paulo. Dezenove militares foram presos administrativamente por não terem realizado a devida fiscalização e controle das armas durante o período em que ocorreu o furto. Além disso, o Exército solicitou à Justiça Militar a prisão preventiva de seis outros militares que estão sendo investigados como suspeitos de participarem diretamente do crime.

As prisões começaram a ser cumpridas no próprio Arsenal de Guerra e caberá ao comandante do local decidir se os militares ficarão detidos em celas ou se estarão proibidos de sair do quartel. Durante o período de detenção, eles ainda poderão exercer suas funções, mas permanecerão na base como parte do “aquartelamento”, sem permissão para retornar às suas casas.

Além dos 19 militares presos, mais quatro estão sob investigação por falhas na conferência das armas do armazém do Arsenal de Guerra. O Exército ainda não determinou se eles serão punidos.

No total, dois tenentes-coronéis, um major e um capitão ficarão detidos por períodos entre 10 e 20 dias. Entre os demais militares presos administrativamente, alguns cumprirão uma punição de cinco dias de prisão, enquanto outros ficarão detidos por apenas um dia, de acordo com o tipo de carreira militar que possuem.

O Exército também solicitou a prisão preventiva de seis militares que estão sendo investigados por suspeita de participação direta no furto das metralhadoras. No entanto, até o momento, a Justiça Militar não emitiu uma decisão a respeito.

O Comando Militar do Sudeste está conduzindo as investigações sobre os crimes de furto, peculato, receptação e extravio envolvendo as armas do Arsenal de Guerra. Segundo o Instituto Sou da Paz, o furto das 21 metralhadoras é o maior desvio de armas registrado no Exército Brasileiro desde 2009.

Um cabo está sendo investigado como suspeito de transportar as metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra. Existe a suspeita de que ele tenha utilizado um veículo oficial do então diretor do quartel para retirar as armas do local e negociá-las com facções criminosas.

Além do cabo, outros seis militares também estão sendo investigados por participação no furto. O Comando Militar do Sudeste pretende utilizar informações obtidas através de quebras de sigilo bancário, telefônico e de redes sociais autorizadas pela Justiça para reunir mais provas do envolvimento desses militares.

Até o momento, 17 das metralhadoras foram recuperadas em operações conjuntas entre o Exército e as polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo. No entanto, quatro armas calibre .50 ainda estão sendo procuradas.

O Exército está empenhado em descobrir quais militares tinham ligações com o crime organizado para negociar a venda das armas. As investigações apontam que as metralhadoras seriam destinadas às facções criminosas Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro, e Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/10/26/exercito-prende-militares-por-falha-na-fiscalizacao-de-armas-e-pede-prisao-preventiva-de-suspeitos-por-furto-de-metralhadoras-em-quartel-1.ghtml

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