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Kirk Freudenburg analisa possível reação de Donald Trump a experiência de quase-morte

Foto: divulgação

Kirk Freudenburg concluiu sua formação inicial na Universidade Valparaiso, prosseguiu para o mestrado em Clássicos na Universidade de Washington, em St. Louis, e alcançou seu ph.D. na Universidade de Wisconsin, orientado por Denis Feeney em sua dissertação doutoral.

Antes de adentrar no quadro de Yale, ele atuou como professor na Universidade de Kent, também assumiu o posto de associate dean of the Humanities na Universidade de Ohio e liderou o Departamento de Classics na Universidade de Illinois. Seu foco investigativo mergulha na essência cultural das letras romanas, especialmente na decodificação cultural que molda e define as percepções romanas acerca da poesia e sua manifestação prática em gêneros poéticos, com destaque para a sátira.

Entre suas contribuições literárias de destaque, encontram-se obras como “The Walking Muse: Horace on the Theory of Satire” (Princeton, 1993), “Satires of Rome: Threatening Poses from Lucilius to Juvenal” (Cambridge, 2001), “The Cambridge Companion to Roman Satire” (Cambridge, 2005), entre outras. Complementar a isso, Freudenburg não ignora o mundo ao seu redor, fazendo incursões no espaço público e marcando presença em sites e jornais com artigos notáveis por um evidente uso de sarcasmo e crítica, defendendo a democracia globalmente.

Segue-se, portanto, um olhar minucioso sobre um recente artigo de sua autoria publicado em 15 de julho no Common Dreams, o qual apresenta uma perspectiva categórica sobre uma tentativa de ataque a Donald Trump, traduzido autoralmente para aqui discutido.

Em meio a um comício na Pensilvânia, Donald Trump foi surpreendentemente atingido na orelha por um tiro disparado por um jovem de 20 anos, um evento que, por pouco, não se tornou fatal. Na eventualidade, Freudenburg decide se ater somente aos fatos essenciais, escolhendo não se aprofundar neste preocupante sinal dos tempos da nossa democracia.

Ele relata como essa escolha de permanecer quase alheio ao desdobramento completo desses acontecimentos permitiu-lhe uma posição de vantagem: a capacidade de antecipar como Trump reagiria à tentativa de assassinato, sem estar influenciado pelas opiniões pré-existentes ou extremamente divulgadas.

Neste cenário, ele especula, com uma convicção marcada por uma ironia fina, como Trump provavelmente capitalizará o evento, não como uma chance para a introspecção ou remodelação de valores, mas como uma plataforma para solidificar ainda mais sua persona egocêntrica, recorrendo à narrativa de ser um “herói”, em vez de contribuir positivamente para o debate político. Freudenburg sugere, com profundidade e uma ponta de sarcasmo, que Trump, ao invés de buscar um caminho de transformação pessoal, optará por se aferrar ainda mais aos seus déjà vu de grandiosidade, explorando o incidente para fins políticos e pessoais.

Por fim, vale lembrar a nota do Jornal da USP que destaca a independência das opiniões de seus articulistas, sublinhando a não representatividade destas opiniões em relação à postura institucional da Universidade de São Paulo, assegurando assim, a liberdade de pensamento e expressão dentro de seus preceitos editoriais.

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