Quase 480 militares de diferentes patentes vivem uma situação delicada desde a última terça-feira (10) em Barueri, na Grande São Paulo. O motivo? O sumiço de 21 metralhadoras de guerra do Exército que estavam guardadas no quartel onde trabalham. Esses militares estão impedidos de deixar o local e têm seus celulares confiscados, com o objetivo de evitar comunicação com familiares. O Exército afirma que está ouvindo todos os envolvidos para tentar descobrir o paradeiro das armas, e até o momento, 35 deles já prestaram depoimento.
As armas desapareceram após uma vistoria interna realizada pelo Exército no Arsenal de Guerra em Barueri. Foi constatada uma discrepância no número de metralhadoras, o que acendeu o alerta para o furto. As metralhadoras são de extrema periculosidade, sendo capazes de derrubar aeronaves.
Os familiares dos militares retidos têm se mostrado preocupados e procuram por informações junto à base. Apesar de o Exército afirmar que nenhum dos militares está detido ou preso, eles não podem retornar para casa, pois a corporação alega que essa medida é necessária para conseguir localizar e recuperar as armas perdidas. A comunicação com os militares está sendo feita através de um representante do Exército.
O furto das 21 metralhadoras calibre .50 e 7,62 está sendo investigado exclusivamente pelo Exército, que enviou comitivas do Comando Militar do Sudeste (CMSE), em São Paulo, e do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), em Brasília, para apurar o extravio do arsenal. As fontes do G1, por sua vez, estão analisando se o furto das armas foi resultado de uma falha na segurança do Arsenal de Guerra ou se algum militar pode estar envolvido no crime. Também estão sendo investigadas possíveis saídas das armas da base dentro de caminhões do Exército, entre setembro e outubro.