O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Militar realizaram, nesta terça-feira (12), uma operação contra operadores financeiros da cúpula do PCC, facção criminosa que atua de dentro e fora dos presídios do país. Três pessoas foram presas.
A ação tem como objetivo combater o esquema de lavagem de dinheiro dos integrantes da facção, estruturado por meio de investimentos em transações imobiliárias, veículos e mercado financeiro.
“Nessa segunda fase da operação, nós visamos a asfixia financeira da facção. Então, estamos atacando o patrimônio formado pelo núcleo de dois chefes”, afirmou o promotor Lincoln Gakiya.
Segundo os investigadores, cada chefe montou uma estrutura própria por meio de familiares e pessoas de confiança. A suspeita é de que estariam desviando dinheiro da própria facção.
Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão e 26 de busca e apreensão, sendo 22 no estado de São Paulo e quatro na Bahia. Os alvos seriam operadores financeiros da facção, ou seja, responsáveis pela lavagem do dinheiro, operando empresas e contas bancárias.
Segundo o MP, um dos presos foi apresentado na Seccional de Praia Grande, no litoral do estado, e outro no 80° DP da capital. O terceiro alvo já se encontrava no sistema penitenciário.
A ação realizada nesta terça é mais uma fase da Operação Sharks, deflagrada em 2020, após uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, que mirou a logística do tráfico de drogas e a sucessão dos antigos chefes da facção, que estão nos presídios federais.
Para isso, foram mobilizadas 27 equipes da Rota, 108 policiais, além de 10 promotores e 14 servidores do MP.