Atualmente, o Hospital PUC-Campinas está passando por um período crítico devido à excessiva demanda no Pronto-Socorro Adulto vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A situação é tal que, nesta quinta-feira (25), apesar de a unidade contar com somente 20 leitos disponíveis, teve que acomodar 75 pacientes. Esses indivíduos, enfrentando condições de alta complexidade, marcaram uma sobrecarga no sistema de impressionantes 275% acima de sua capacidade regular.
O relatório denunciado pelo hospital ontem indica uma prevalência alarmante de condições severas, incluindo complicações cardiovasculares, neurológicas e doenças respiratórias agravadas pela estação do inverno. Este cenário não é de hoje, visto que, já em maio, a instituição reportou circunstâncias análogas.
Diante deste grave panorama, a instituição de saúde está progredindo com um forte apelo à população para que busquem serviço em outras facilidades médicas, visando “assegurar e manter a qualidade e segurança dos cuidados oferecidos”, como sinaliza o comunicado. O acesso ao hospital pela porta do SUS é exclusivo para pacientes dirigidos pela rede, reservando a classificação de risco somente aqueles que chegam espontaneamente.
Adicionalmente, o Hospital PUC-Campinas declarou estar collaborando próximo à Secretaria de Saúde para facilitar a relocação de pacientes com casos menos graves. Ressaltou, inclusive, que “a condição de superlotação é notificada diariamente às autoridades e à Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross)”.
Por outro lado, a Secretaria de Saúde de Campinas ressaltou a adoção de iniciativas para o aumento de leitos pela rede privada, antecipando a adição de 14 leitos nos próximos 30 dias. Vem, incansavelmente, monitorando a alocação de leitos na metrópole em concordância com o Plano de Contingência, especialmente direcionado aos meses de maior incidência de doenças respiratórias.
Importante notar, a Secretaria já solicitou prioridade para abertura de leitos de baixa e média complexidade junto à Secretaria de Estado de Saúde, enfatizando que as conversas sobre esse tema não são novidade.
A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar também demonstrou seu comprometimento em assegurar que nenhum paciente sob sua tutela fique desamparado, garantindo cuidados vitais enquanto aguardam a disponibilização de leitos. Mesmo com as oscilações diárias, a entidade orgulha-se de uma dinâmica de alta rotatividade em seus leitos, contemplando em média a admissão e alta de 30 pacientes todos os dias.
O panorama nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde reflete uma taxa de ocupação que oscila entre 90% e 95%, indicando um alto fluxo contínuo de pacientes necessitados de cuidados intensivos e de enfermaria.
Fonte: https://horacampinas.com.br/hospital-puc-campinas-enfrenta-superlotacao-do-ps-adulto-do-sus/