O envelhecimento da população é uma realidade cada vez mais evidente em São Paulo. De acordo com o recente Censo do IBGE de 2022, o estado apresenta um índice de 66,3 idosos para cada 100 crianças, um aumento significativo em comparação aos 36,5 registrados em 2010. Esse fenômeno reflete uma expectativa de vida mais longa, mas também traz consequências econômicas.
É importante destacar que esse índice de envelhecimento de São Paulo é o quarto maior do país, evidenciando a magnitude desse processo. Em nível nacional, a proporção é menor, com 55,2 idosos para cada 100 crianças em 2022, em comparação aos 30,7 de 2010.
No estado, o município de Turmalina lidera o ranking de envelhecimento, com 205,4 idosos para cada 100 crianças, enquanto Itapevi tem o menor índice, com 31,8. Esses números revelam a diversidade dentro do próprio estado.
Com o aumento da população acima de 65 anos, a pirâmide populacional de São Paulo está se modificando. Em 2022, a parcela de idosos representava 11,9% do total, em comparação aos 4,1% de 1980 e 7,8% de 2010. Esse envelhecimento é resultado de melhorias na qualidade de vida e na saúde, bem como da redução da violência.
Economistas destacam a importância de medidas estruturais e de longo prazo para lidar com o envelhecimento populacional, ressaltando que o Brasil precisa agir de forma mais assertiva. A reforma da Previdência, realizada em 2019, foi considerada um avanço, mas ainda existem pontos a serem revisados nos próximos anos. Além disso, o orçamento público é visto como um desafio para garantir a sustentabilidade dessa população cada vez mais idosa.
Em relação ao perfil da população, São Paulo tem uma proporção de 93 homens para cada 100 mulheres, sendo o sexto estado com mais mulheres. Essa diferença tem aumentado ao longo dos anos, com a proporção de 100 em 1980 diminuindo para 93 em 2022. O município de Balbinos se destaca com uma maior concentração de homens, enquanto Santos possui uma maior população feminina.
Esses dados revelam a importância de políticas públicas que atendam às demandas dessa população que está envelhecendo. É necessário planejamento e investimento adequados para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos, além de uma economia mais preparada para lidar com essa nova realidade demográfica.